Os massacres nos estados de
Roraima e Amazonas evidenciaram a disputa pelo poder na região norte entre duas
facções criminosas, e a inoperância do poder público em atuar no combate. Nomes
como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Família do Norte passaram a fazer
parte dos noticiários e a preocupar os paraenses. Afinal, essas organizações do
crime estariam planejando ações pelo Pará?
Segundo dados levantados em agosto do ano passado
pelo Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de
São Paulo, existem cerca de 240 afiliados apenas do PCC no Pará. Os números
abrangem integrantes presos e em liberdade. Não são oficiais, já que
o PCC opera na ilegalidade e, portanto, é impossível a realização de uma
contagem exata. Não houve registros de membros da Família do Norte.
O MP-SP aponta ainda que Roraima tem 782 criminosos
ligados ao PCC. Já o Amazonas tem 116. Toda a região Norte possui mais de 6 mil
filiados (13% do total do país).
Ainda é cedo para definir o complexo jogo de alianças entre as facções,
mas há suspeitas de que os criminosos afiliados à Família do Norte recebam
apoio do Comando Vermelho (CV) para enfrentar o PCC. Após os massacres,
mensagens fazendo alusão à alguma facção criminosa começaram a surgir pela
capital paraense. Em algumas delas, o nome da Família do Norte aparece
associado ao CV.
DOL
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