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quarta-feira, 8 de março de 2017

NO DIA INTERNACIONAL, PESQUISA DATAFOHA MOSTRA TRISTE REALIDADE DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

Mais de 500 mulheres sofrem agressão física a cada hora no Brasil, diz Datafolha.

Ao todo, 12 milhões de brasileiras afirmam ter recebido insultos e xingamentos, enquanto 5 milhões foram ameaçadas; mais de 4 milhões foram vítima de violência
e os agressores são, em sua maioria, conhecidos

Durante o ano passado, a cada uma hora, 503 mulheres foram vítimas de agressão física no País. O que equivale a 4,4 milhões de brasileiras (9% do total das maiores de 16 anos) vítimas de violência.
Os dados são da pesquisa Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e divulgada nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. De acordo com a pesquisa, se forem contabilizadas as agressões verbais, o índice de mulheres que se dizem vítimas de agressão em 2016 sobe para 29%.

Enquanto 9% das entrevistadas dizem ter levado empurrões, chutes ou batidas, 10% relatam terem sido ameaçadas de apanhar. Ao todo, 22% afirmam ter recebido insultos e xingamentos ou terem sido alvo de humilhações (12 milhões) e 10% (5 milhões) ter sofrido ameaça de violência física.
Entre os casos mais graves, 4% relatam ameaças com facas ou armas de fogo, 4% sofreram lesão por algum objeto atirado e assustadores 3% denunciam espancamento ou tentativa de estrangulamento.

Quem agride e onde está a violência?
Ainda segundo o Datafolha, 61% dos agressores são conhecidos. A pesquisa mostra que 19% apontam o próprio cônjuge, companheiro ou namorado e outras 16%, o ex. Parentes como irmãos (9%), amigos (8%), pai ou mãe (8%), vizinhos (4%) e colegas de trabalho (3%) também são citados.

O cenário das agressões denuncia como o problema ainda é doméstico: 43% dos casos aconteceram em casa. Outros 39% foram na rua, 5% no trabalho e 5% na balada.
A pesquisa revela ainda que 52% das mulheres não fizeram nada após a agressão. Entre as que tomaram alguma atitude, 11% denunciaram o agressor em uma Delegacia da Mulher e 10%, em uma delegacia comum. A pesquisa mostra que 3% ligaram para a PM e apenas 1% para o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher).

Quem é a vítima?

As mais jovens são as que mais denunciaram as agressões (70%), enquanto as mais velhas representam apenas 10%. Há mais denúncias entre as mais instruídas (52%) que entre as menos instruídas (21%). O mesmo acontece com as mais ricas (52%) que com as mais pobres (37%) e as que pertencem às classes A/B (49%) denunciam mais que as que pertencem às classes D/E (34%).  
As que se intitulam como pretas representam 47% das denúncias, as brancas 35%. Além disso, as moradoras de regiões metropolitanas denunciaram 48% dos casos, enquanto as moradoras do interior denunciaram 35%. 
A pesquisa foi feita entre os dias 9 e 11 de fevereiro deste ano, em 130 municípios brasileiros, incluindo capitais e cidades do interior, em todas as regiões do Brasil. 
Foram ouvidas 2.073 pessoas – 1.051 mulheres, sendo que 833 aceitaram responder um módulo de autopreenchimento. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, para a amostra nacional, e de três pontos para a amostra de mulheres participantes do módulo de autopreenchimento.

A pesquisa sobre as mulheres vítimas de agressão teve apoio do governo do Canadá e do Instituto Avon.



Infelizmente Rurópolis faz parte dessa triste realidade, diariamente são registrados todos os tipos de violência contra as mulheres. Os de maiores repercussões foram os assassinatos covardes de  LEILA CLEÓPATRA XIMENDES, em 01/10/16, após mais de cinco meses  ninguém foi indiciado, e de IVANILDE RODRIGUES DA SILVA, no dia 16/10/16, o assassino foi preso, mas aproveitou uma das muitas brechas das Leis brasileiras e até agora encontra-se foragido. 
Parece que os que praticam a violência contra as mulheres, sabem que serão beneficiados pela impunidade e a falta de Leis mais severas para esse tipo de crime.
Por: Paulino Magno 

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